A Conferência Brasileira de Mudança do Clima ocorreu nos dias 6, 7 e 8 de novembro de 2019, em Recife (PE). A CBMC é um encontro anual que reúne desde organizações não governamentais e da sociedade civil a empresas públicas e privadas para o desenvolvimento de diálogos e propostas de implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) brasileira. Assim, o evento surgiu como oportunidade de promover o diálogo sobre como retomar a trilha da responsabilidade climática, da participação da sociedade nessa empreitada, da consolidação de pactos internos, de fortalecimento de programas locais de adequação de políticas e planos de desenvolvimento e de ampliação da agenda climática no Brasil. A conferência é uma iniciativa apartidária, de organização coletiva.
O professor Emilio Lèbre La Rovere participou de dois painéis, ambos no dia 7 de novembro. O primeiro tratou sobre o tema “Política multilateral e os compromissos do Estado brasileiro - a convenção sobre Biodiversidade Ecológica, o Acordo de Paris e o Acordo de Escazú” e contou com a participação de José Carlos Carvalho, sócio-diretor da Seiva Consultoria em Meio Ambiente & Sustentabilidade, Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos e Alfredo Sirkis, diretor executivo do Centro Brasil no Clima (CBC). No segundo, falou sobre “Situação do mercado de carbono global e o contexto e posicionamento do Brasil”, junto com Mariana Nicolletti, doutoranda em Administração Pública e Governo pela FGV-EAESP, e Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.
O evento tem como objetivo demonstrar que a sociedade e o setor produtivo brasileiro mantêm-se firmes no Acordo de Paris e que o protagonismo na agenda de clima, florestas e desenvolvimento sustentável e a governança climática são grandes oportunidades para o Brasil. Além disso, busca promover compromissos empresariais e prioridades para a agenda de clima, florestas e desenvolvimento sustentável e demonstrar experiências, negócios, soluções, tecnologias e políticas brasileiras que valorizam, integram e fazem progredir os resultados da governança climática.
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A WIREs Climate Change, revista científica online, publicou uma edição especial de nove artigos de opinião de especialistas de todo o mundo. A coleção busca responder, à sua maneira, a pergunta 'É tarde demais?' no que se trata ao perigo das intensas mudanças climáticas. O Brasil foi representado pelo professor Emilio Lèbre La Rovere, coordenador do Centro Clima.
As frequentes mudanças climáticas têm impactado desde a produção de alimentos até a interação dos seres com a natureza, desestabilizando sociedades e o meio ambiente de uma maneira global. Para controlar o desgaste, as economias emergentes estão projetando e, algumas vezes, aplicando estratégias para baixas emissões de GEE (LEDS) que podem ser usadas como exemplo por outros países em desenvolvimento para evitar os níveis de alta emissão de carbono estabelecido pelos países industrializados. Usando o exemplo do Brasil, que é muito rico em recursos naturais e portador de um enorme potencial para implantação de energia renovável, Emilio propõe discutir, no artigo intitulado “The potential contribution of emerging economies to stop dangerous climate change. The case of Brazil”, a necessidade de projetar LEDS que estejam de acordo com a dotação nacional de recursos e com as restrições da economia política.
Assim, o professor assume que os LEDS podem ser projetados de forma a minimizar os impactos econômicos e sociais se forem acompanhados por políticas que visem a uma redução gradual das desigualdades, incluindo transferências governamentais para manter ganhos substanciais no desenvolvimento social, energia e segurança alimentar. Dessa forma, podem alavancar a competitividade de cada país, enquanto protegem os pobres e podem ser politicamente aceitáveis. Retomando, então, a pergunta temática ‘é tarde demais?’, para Emilio, se tais políticas forem aplicadas, com rapidez suficiente em todo o mundo, pode ser que não seja tarde demais para interromper as perigosas mudanças climáticas.
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O segundo relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas e Cidades (ARC3.2, na sigla em inglês), realizado pelo Urban Climate Change Research Network (UCCRN), já está disponível para ser baixado no site da UCCRN. O estudo é integrante de uma série de relatórios globais. Ele sumariza resultados de pesquisas que apresentam os potenciais riscos que as mudanças climáticas impõem às cidades e as estratégias de solução a serem adotadas que contribuam para a resiliência das cidades.
O ACR3.2 tem como principal objetivo informar o sobre o desenvolvimento e a implementação de políticas efetivas de mudança climática urbana, alavancando investimentos contínuos e planejados para populações em cidades de países em desenvolvimento, emergentes e desenvolvidos. O resultado do estudo, que oferece uma revisão da literatura científica e oferece mais de 100 estudos de caso, foi materializado no livro “Mudanças climáticas e cidades: segundo relatório de avaliação da Rede Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urbanas”, publicado pela editora Cambridge University Press.
A Rede de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Urbanas (UCCRN, na sigla em inglês) é um consórcio de mais de 800 indivíduos dedicados à análise da mitigação e adaptação às mudanças climáticas sob uma perspectiva urbana. A UCCRN possui um Centro Latino-Americano da UCCRN, sediado pelo Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ e pelo Centro de Estudos Integrados em Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Centro Clima/COPPE/UFRJ), sob a coordenação da Dra. Martha Barata, da FIOCRUZ e Prof. Emilio La Rovere, da COPPE-UFRJ e ambos tiveram participação no relatório. O décimo capítulo, intitulado Urban Health, foi coordenado pela Dra. Martha Barata e contou com a participação de Denise Silva e Sousa e Martin Obermaier, pesquisadores vinculados ao Centro Clima. O professor Emilio La Rovere, contribuiu escrevendo estudo de caso para o capítulo, em parceria de Flavia Carloni, pesquisadora também vinculada ao Centro Clima.
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Com o objetivo de levantar o debate sobre as questões ambientais que envolvem o setor naval e offshore brasileiro, promovendo interação entre os profissionais dessa área, a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA) promove seu evento bienal, o Seminário de Meio Ambiente Marinho e Eficiência Energética, que está em sua 12° edição.
O seminário contará com a presença de vários especialistas na área, incluindo o professor Emilio Lèbre La Rovere (PPE/COPPE), que se apresentará no primeiro dia de evento, no painel que tratará sobre a Gestão das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Setor Petróleo e Gás. O professor falará sobre a Mitigação das Emissões de GEE da E&P e do Refino de Petróleo e Gás Natural no Brasil. O 12° Seminário de Meio Ambiente Marinho e Eficiência Energética acontece nos dias 5 e 6 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, no Windsor Flórida Hotel, localizado na Rua Ferreira Viana, 81, Flamengo.
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O One Earth é um novo periódico mensal da Cell Press, que publica pesquisas que buscam entender e abordar os grandes desafios ambientais que permeiam os dias de hoje. Assim, além de fornecer um espaço para essas publicações, a revista facilita o diálogo entre comunidades, por meio da publicação de artigos de opinião, artigos de revisão, recursos educacionais e discussões, apresentando diferentes perspectivas sobre tópicos de importância socioambiental.
No momento atual, há um aumento no preço do carbono, que ocorre em resposta à reinvindicações urgentes relacionadas às ações climáticas. Porém, as iniciativas de precificação de carbono resguardam apenas uma pequena parcela das emissões globais e são insuficientes para o cumprimento de metas internacionais de mitigação.
Nessa perspectiva, em seu primeiro volume, o One Earth Voices trouxe um questionamento: “como o preço do carbono pode ser usado para ajudar a atender as necessidades globais do desafio de descarbonização?” O professor Emilio Lèbre La Rovere, coordenador do Centro Clima, publicou um pequeno artigo sobre o assunto no periódico, dividindo espaço com diversos especialistas no assunto.
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