No dia 18 de Outubro acontecerá a conferência “Um Futuro Desejável: Transição Justa para um Desenvolvimento Compatível com o Clima no Brasil” que reúne especialistas em clima e desenvolvimento sustentável para discutir mecanismos financeiros e perspectivas internacionais de superação dos impasses climáticos. Os paineis abordarão desde instrumentos para financiar projetos de baixo carbono até as negociações internacionais sobre a crise climática, proporcionando um debate essencial para o futuro sustentável do Brasil. Lançamento da Cátedra Luiz Pinguelli Rosa.
O Prof. Emilio Lèbre La Rovere(PPE/COPPE/UFRJ, Coordenador da Cátedra “Luiz Pinguelli Rosa” do CBAE/UFRJ) e do Centro Clima será o responsável por apresentar a Cátedra e o evento.
Confira abaixo os paineis do evento:
Painel 1: “Instrumentos financeiros para viabilizar investimentos em projetos de baixo carbono e resiliência climática nos países em desenvolvimento” sob a moderação do Prof. Emilio L. La Rovere (Coordenador da Cátedra de Transição Justa, UFRJ)
Painel 2: “Perspectivas de superação do impasse na negociação internacional sobre clima” sob a moderação da Profa. Marta Irving (Pesquisadora Sênior, PPED/IE/UFRJ, INCT/PPED/CNPq)
Os artigos: “North, South and Paradox of Climate Urgency” e “Towards a multi-sovereign guarantee mechanism for low carbon investments and climate resilience in developing countries” serão discutidos nos 2 paineis.
Confira o artigo “North, South and Paradox of Climate Urgency” AQUI ou AQUI para lê-lo em italiano.
Confira o artigo “Towards a multi-sovereign guarantee mechanism for low carbon investments and climate resilience in developing countries” AQUI.
Para mais informações acesse a programação do evento AQUI.
No dia 12 de setembro de 2024 , o Prof. Emilio Lèbre La Rovere, professor titular do PPE/COPPE/UFRJ e
coordenador do Centro Clima, participou do 1 º Fórum IRB(P&D ). Em sua palestra no Painel Científico 1,
intitulada “Impactos dos riscos climáticos no setor de energia”, o Prof. Emilio abordou os riscos climáticos
e suas implicações para o setor energético no Brasil . Ele discutiu o impacto das mudanças climáticas nas
hidrelétricas, termoelétricas e usinas eólicas, destacando desde a redução da vazão dos rios até a perda de
eficiência das turbinas. Apesar dos desafios, o professor enfatizou as oportunidades na transição para
fontes renováveis e na adoção de medidas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade do setor
energético.
O 1 º Fórum IRB(P&D), realizado nos dias 11 e 12 de setembro de 2024, abordou temas críticos
relacionados aos riscos climáticos e suas implicações para o setor de seguros e outras indústrias. O evento
reuniu especialistas, acadêmicos e profissionais para discutir as mais recentes pesquisas e soluções
voltadas para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Organizado pelo IRB Brasil RE, o fórum
buscou promover o debate sobre como as mudanças climáticas impactam diretamente os setores
econômicos, com foco no desenvolvimento de estratégias e tecnologias que possam ajudar na gestão
desses riscos.
Confira a palestra completa AQUI.
Fique por dentro da programação completa do 1º Fórum IRB(P&D) AQUI.
A colaboração entre Brasil (Centro Clima) e França (IDDRI) tem proporcionado grandes avanços para a área de pesquisa. O Projeto DDP (Deep Decarbonization Pathways) é fruto dessa colaboração, e agora o projeto conta com uma página intitulada “Brasil” onde será distribuído conteúdo sobre as pesquisas e atividades que são fruto dessa colaboração.
Clique AQUI e confira a página!
Em julho de 2024, durante a Midterm Conference do T20, foi apresentada uma proposta inovadora para enfrentar o desafio das mudanças climáticas em países em desenvolvimento. O professor Emilio La Rovere, junto de outros importantes autores, propôs um mecanismo de garantia multi-soberana (MSGA) para impulsionar investimentos de baixo carbono e resiliência climática. Dentre os autores, a proposta foi elaborada em conjunto com vários parceiros internacionais e nacionais, incluindo membros do IPCC, especialistas em finanças do clima, ex-criadores e diretor do GCF - Green Climate Fund, a cochair do Mitigation Work Programme da UNFCCC, entre outros.
O MSGA visa mobilizar fluxos privados de financiamento, reduzindo os riscos e aumentando a eficácia dos fundos públicos em iniciativas de mitigação e adaptação climática. A proposta destaca que a atual lacuna de financiamento climático, que precisa aumentar de três a quatro vezes nesta década, é mais crítica nos países em desenvolvimento, que já enfrentam desafios econômicos significativos.
Os autores argumentam que o MSGA pode desbloquear um uso mais amplo de garantias, maximizando sua eficácia e promovendo cooperação internacional. Além disso, a proposta sugere um processo de aprendizado institucional para facilitar a rápida implementação desse mecanismo, que pode se estender a projetos com benefícios conjuntos de adaptação, contribuindo também para a redução da pobreza e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Esta proposta foi um dos insumos coletados durante a Midterm Conference do T20, com o objetivo de compor o Communiqué final de recomendações ao G-20, visando uma ação climática mais efetiva e inclusiva globalmente.
O projeto Imagine, fruto de uma colaboração entre o IDDRI (Institut de Développement Durable et Relations Internationales) e o Centro Clima, chega a seu fim apontando que o cenário DDS (Deep Decarbonization Scenario) é mais um dos muitos caminhos que o Brasil tem para alcançar a neutralidade climática até 2050.
Este projeto engloba os objetivos científicos do Centro Clima em relação ao aprimoramento de modelos. Neste caso, trata-se do IMAGINE/KLEM, que inclui os esforços de modelagem previstos pelo IMACLIM e dos parceiros do projeto.
O Imagine atualizou os dados do Projeto DDP-BIICS 2050 após a recessão econômica e a pandemia de COVID-19.
Foram três os cenários considerados:
Fica exposto que o Brasil tem um grande potencial de mitigação com custos baixos mesmo antes da descoberta de novas tecnologias. Uma redução ampla das taxas de desmatamento e aumento da restauração vegetal nativa em áreas públicas e privadas tem um abatimento significativo com custos menores que ações de mitigação em outros setores.
Um caminho possível para zerar as emissões até 2050 pode ser alcançado com um preço do carbono iniciando em 20 e indo até 50 44USD/t CO2e em 2050. Graças à reciclagem inteligente das receitas obtidas da precificação do carbono, o DDS permite o alcance da neutralidade de carbono ao tempo que apresenta resultados ligeiramente superiores aos do NGPS em termos de indicadores de desenvolvimento socioeconômico. As receitas são primordialmente reinvestidas para impulsionar o emprego, através da redução de encargos trabalhistas, com uma parte menor sendo destinada a oferecer compensação financeira às famílias de baixa renda.
Os desafios para alcançar esse cenário são o desmatamento zero, os preços internacionais do petróleo e gás e a aceitação política.
Para mais detalhes leia o sumário executivo AQUI.