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14 11 Centro clima Centro clima ufrj publica capítulo Noticia A equipe do Centro Clima/UFRJ acaba de publicar o capítulo dedicado ao Brasil no relatório internacional Deep Decarbonization Pathways (DDP) 2025, documento que revisa os avanços e desafios de 21 países desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015. O capítulo traz uma análise aprofundada das trajetórias brasileiras de mitigação, abordando energia, uso da terra, desmatamento, governança e perspectivas de descarbonização até 2050.

Avanços e desafios do Brasil na década pós Acordo de Paris

O relatório aponta que, embora o Brasil tenha avançado significativamente em energia renovável com quase 90% da eletricidade de fontes limpas, o país ainda enfrenta gargalos estruturais, sobretudo relacionados ao desmatamento, à degradação florestal e à lentidão na expansão da infraestrutura para energias alternativas.

Entre os destaques positivos, o capítulo cita a rápida expansão da energia eólica e solar, que atingiu 90 GW, ante 60 GW há apenas dois anos. No entanto, limitações na rede de transmissão e mudanças regulatórias recentes reduziram investimentos, resultando em 11% de potencial perdido ou atrasado em 2024.

O pesquisador Emilio La Rovere, professor do Centro Clima/UFRJ, lembra que desafios importantes se concentram fora das usinas: falta de linhas de transmissão para escoar energia do Nordeste e ausência de leilões de equipamentos para armazenamento, essenciais para a confiabilidade do sistema.

Desmatamento e uso da terra seguem como ponto crítico

Apesar da queda do desmatamento na Amazônia, o relatório alerta para a alta degradação florestal e para o avanço da perda de vegetação nativa em outras regiões do país. Ainda persistem entraves como grilagem, ocupações ilegais e insuficiência na implementação do Código Florestal.

La Rovere enfatiza que o país já demonstrou capacidade de reverter esse cenário entre 2004 e 2012, o Brasil promoveu uma das maiores reduções de emissões da história recente. Para recuperar essa trajetória, o pesquisador aponta prioridades como:

  • Destinar os 50 milhões de hectares de florestas públicas hoje vulneráveis;

  • Combater ocupações ilegais e retirar o gado de áreas protegidas;

  • Implementar regras mais rígidas e rastreáveis para a cadeia da pecuária, com certificação e controle do metano, seguindo padrões internacionais.

Dependência de fontes fósseis ainda preocupa

O capítulo chama atenção para pressões por expansão da produção e uso de petróleo e térmicas a gás, inclusive próximas a ambientes sensíveis. O relatório compara esse movimento a “financiar um carro caro e beberrão por 30 anos”: uma decisão que cria dependência e reduz incentivos a transições mais baratas e limpas.

Cenário global: avanços, gargalos e nova governança climática

O relatório DDP mostra que muitos dos 21 países estudados:

  • Adotaram metas de longo prazo;
  • Criaram novas estruturas de governança para descarbonização;
  • Ampliaram incentivos econômicos para renováveis;
  • Implementaram políticas industriais, energéticas e tecnológicas estratégicas.

Ainda assim, gargalos persistem, como:

  • Insuficiência de redes de transmissão;
  • Avanço lento em transportes e edificações;
  • Alta dependência de carvão e petróleo;
  • Pressões sobre florestas e agropecuária;
  • Falta de financiamento adequado no Sul Global.

La Rovere destaca que, no Brasil, o Plano de Transformação Ecológica ajuda a reorganizar políticas e financiamento para modernizar setores produtivos, atrair investimentos verdes e gerar empregos.

Uma década decisiva

Henri Waisman, diretor da iniciativa junto ao IDDRI, afirma:

A lição final é simples: precisamos avaliar, aprender e elevar a ambição de forma contínua traduzindo tudo em ações efetivas para enfrentar a crise do clima nesta década decisiva.”

O capítulo brasileiro produzido pelo Centro Clima/UFRJ reforça o papel essencial da ciência na orientação de políticas públicas, economia, infraestrutura e planejamento de longo prazo, contribuindo para que o país avance de forma consistente rumo a uma trajetória de neutralidade climática.

Relatório completo do DDP 2025 acesse AQUI
Capítulo sobre o Brasil (PDF) acesse AQUI

Fonte: oeco

12 11 Centro clima CGEE lança livro Noticia O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) lançou, no dia 11 de novembro de 2025, às 16h, na Casa da Ciência do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), uma edição especial da revista Parcerias Estratégicas dedicada ao tema “Mutirão científico brasileiro para a COP30”. O lançamento integrou a programação da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima e marcou um momento simbólico para o compromisso do Brasil com a ciência, a inovação e a cooperação internacional como pilares para a ação climática e o desenvolvimento sustentável.

Publicada semestralmente e de distribuição gratuita, a revista Parcerias Estratégicas tem como missão divulgar e debater temas nas áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Nesta 55ª edição, o foco está na reflexão e no debate qualificado sobre o papel da CT&I na agenda climática, abordando tópicos como cooperação internacional, transferência de tecnologias climáticas, finanças sustentáveis e transição energética.

Entre os destaques da coletânea está o capítulo “Mobilização de capital para o clima: o papel das garantias”, localizado na Seção 1 – Mutirão científico brasileiro para a COP30, na página 15, e assinado por Maria Netto, Emilio Lèbre La Rovere, Lucca Rizzo, Victoria de Castro e Jean-Charles Hourcade. O texto analisa instrumentos financeiros com foco na mobilização de capital e garantias climáticas, contribuindo para o debate sobre finanças sustentáveis e transição energética.

Os demais artigos oferecem uma visão ampla dos desafios e oportunidades da agenda climática global e nacional. São abordados temas como o uso da inteligência artificial na previsão de eventos climáticos extremos, a transição energética justa e inclusiva, o planejamento territorial em regiões afetadas pela seca e desertificação, as Soluções baseadas na Natureza (SbN) em áreas urbanas e o fortalecimento de cadeias sustentáveis de produção e pesquisa na Amazônia.

Ao reunir pesquisadores, gestores, formuladores de políticas e representantes da academia, o CGEE propõe um verdadeiro mutirão científico em prol do clima. A nova edição da Parcerias Estratégicas consolida a ciência como instrumento de transformação e cooperação internacional, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras rumo a um futuro mais sustentável, equilibrado e de baixo carbono.

Confira a edição completa da revista Parcerias Estratégicas – Edição Especial: Mutirão científico brasileiro para a COP30 e conheça os artigos e análises que fortalecem o debate sobre ciência, inovação e ação climática.

06 11 Centro Clima Em entrevista à rádio NoticiaA cidade do Rio de Janeiro sedia, até esta quarta-feira (5), o Fórum de Líderes Locais da COP30, evento que reúne prefeitos e especialistas do mundo todo para discutir estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O encontro faz parte da agenda global da Conferência do Clima da ONU, que será realizada em 2026, em Belém (PA).

Durante entrevista à Rádio Nacional do Rio, o professor Emílio Lèbre La Rovere, coordenador do Centro Clima da Coppe/UFRJ e membro do Conselho da Cidade, na área de Mudanças Climáticas, destacou a importância do envolvimento das administrações municipais no enfrentamento dos efeitos do aquecimento global.

Segundo o professor, as cidades são responsáveis por cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa, o que torna a ação local essencial. Ele ressaltou que, embora muitas decisões dependam de políticas nacionais, há áreas em que os municípios podem e devem agir.

Transporte urbano e saneamento básico são setores-chave. Investir em ônibus elétricos, infraestrutura para veículos de baixo carbono e reaproveitamento do biogás de aterros sanitários pode reduzir significativamente as emissões”, explicou.

La Rovere lembrou ainda que o Rio de Janeiro já apresenta avanços, como a captação de biogás no Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica e a implantação de painéis solares em áreas recuperadas, como o antigo aterro de Santa Cruz. No entanto, alertou que é preciso fortalecer também as políticas de adaptação climática.

O professor destacou que muitas das soluções necessárias já são conhecidas e não exigem tecnologias complexas, mas sim ação e continuidade. “Não precisamos reinventar a roda. As tecnologias e os diagnósticos estão aí. Falta vontade política e investimento”, disse.

O Fórum de Líderes Locais da COP30 segue até o dia 5 de novembro, com a participação de representantes de cidades de todo o mundo, incluindo o prefeito Eduardo Paes. O evento reforça o papel das metrópoles na construção de soluções concretas para o futuro climático do planeta.

Acompanhe a entrevista completa e saiba mais sobre o papel do Rio na agenda global do clima.

Fonte: Rádio EBC

10 11 Centro Clima COP30 Insta Noticia 1O professor Emilio Lèbre La Rovere, do Centro Clima da COPPE/UFRJ, participa de diversos eventos paralelos da COP-30, em Belém, entre os dias 10 e 20 de novembro de 2025. As atividades abordam temas centrais das discussões climáticas atuais, como planejamento energético, transição justa, financiamento climático, governança, e cooperação internacional.

A programação inclui mesas sobre a implementação do Plano Clima no Brasil, a importância das hidrelétricas e da descarbonização da matriz energética, transporte de carga compatível com o clima, mercados de carbono nos países do BRICS, financiamento verde e mecanismos de garantias multilaterais. Também haverá debates sobre o papel da ciência e da diplomacia na ampliação da ambição climática e sobre inovação tecnológica para a transição energética.

Confira a programação completa das participações do professor:

COP-30 Side Events

05 11 Centro Clima Economia de Baixo Carbono Noticia Nesta quinta-feira (6/11), o programa Tecnoversas recebe dois especialistas para debater um dos temas mais urgentes da atualidade: a transição para uma economia de baixo carbono. O episódio contará com a participação de Emilio La Rovere, professor do Programa de Planejamento Energético e Ambiental da Coppe/UFRJ e coordenador do Centro Clima da UFRJ, e de Carlos Eduardo Young, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Durante o programa, os convidados vão discutir os desafios e oportunidades de uma transição energética justa, inclusiva e eficaz. Serão apresentados estudos científicos e iniciativas em andamento que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável. Entre os tópicos em destaque estão o uso de energias renováveis, a redução do consumo de combustíveis fósseis, a gestão eficiente dos recursos naturais e os acordos internacionais que visam estabelecer metas globais para conter as mudanças climáticas.

O Tecnoversas do CT vai ao ar toda quinta-feira, às 11h, com reprise às 16h, na Rádio UFRJ, e está disponível também nas principais plataformas de streaming.

Serviço:

Tecnoversas – programa semanal
Rádio UFRJ – acesse AQUI
Horário: 11h, com reprise às 16h
Plataformas: Spreaker, Spotify, Podchaser, Podcast Addict, Apple Podcasts, iHeartRadio, Google Podcasts, Castbox, Deezer e JioSaavn

Créditos:

Produção: Decania do CT e Coppe
Locução e edição: Gabriel Savelli

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