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22 11 CentroClima NoticiaPesquisadores de 8 países discutem na COPPE, nos dias 26 e 27 de novembro, os avanços de estudos de modelagem econômica do enfrentamento da mudança global do clima.

Esses estudos são fundamentais para o entendimento das implicações econômicas e sociais da mudança global do clima sobre as economias nacionais. Além dos impactos ambientais das mudanças climáticas, causadas pelas emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa (GEE), também as tecnologias introduzidas para seu enfrentamento acarretam consequências econômicas e sociais, tais como: alterações no nível de crescimento econômico (PIB), de preços (inflação), de emprego (taxas de desemprego), de renda e consumo de faixas mais baixas de renda (efeitos sobre a distribuição de renda).

Os modelos macroeconômicos tradicionais, de equilíbrio geral, não são adequados para a análise dessas questões, por terem sido desenvolvidos para análises de curto prazo que não incorporam a dinâmica das inovações tecnológicas, crucial para um desafio como a mudança do clima, que deve permanecer no longo prazo.

Assim, desde o seu segundo Relatório de Avaliação, publicado em 1996, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) preconiza o desenvolvimento e aplicação de modelos matemáticos específicos para a avaliação dessas implicações: modelos híbridos que descrevem variáveis econômicas e sociais mas também ambientais e tecnológicas, incorporando variáveis físicas e monetárias.

O IMACLIM (Imagens do clima), modelo matemático sobre Economia e Mudanças Climáticas,  foi elaborado para atender a esta necessidade. Desenvolvido inicialmente como um modelo global por pesquisadores franceses do Centre International de Recherche sur l'Environnement et le Développement (CIRED) de Paris, passou a ser empregado também na análise de diversas economias nacionais: França, Brasil, China, Índia, África do Sul.

Os pesquisadores dos centros responsáveis por sua utilização e pelo seu desenvolvimento para aplicação em outros países (estudos em andamento na Argentina, Rússia e Arábia Saudita), vêm se reunindo anualmente para discutir os resultados de seus estudos.

A Terceira edição desta reunião anual foi organizada pelo Centro Clima do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, com participações presenciais e também por vídeo conferência de representantes de 8 países. Entre eles, o Professor Jean Charles Hourcade, coautor de diversos relatórios do IPCC, e assessor do governo francês em mudanças climáticas, que iniciou a criação do modelo IMACLIM quando diretor do CIRED.

No Brasil, o IMACLIM foi desenvolvido pelo Centro Clima/ COPPE/UFRJ e vem sendo aplicado em diversos estudos que foram utilizados pelo setor produtivo, a sociedade civil e o governo na tomada de decisões sobre os compromissos brasileiros de proteção ao clima global, tais como:

  • Implicações Econômicas e Sociais de Cenários de Mitigação das Emissões de GEE no Brasil até 2030, usado nas discussões do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas que forneceram elementos para a Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil ao Acordo de Paris.
  • Modelagem de Instrumentos de Precificação de Carbono, para o Ministério da Fazenda e o Banco Mundial, fornecendo elementos para o desenho de mercados e taxas de carbono a serem eventualmente adotadas futuramente no país.
  • Brasil Carbono Neutro em 2060, estudo solicitado pelo presidente Temer ao Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, analisando os requisitos para que o país chegue em 2060 com suas emissões líquidas de GEE zeradas.

De um modo geral, esses estudos têm permitido ilustrar, além das ameaças da mudança global do clima ao nosso desenvolvimento econômico e social, também as oportunidades para que o Brasil alcance um desenvolvimento mais sustentável com benefícios econômicos, sociais e ambientais, através de uma transição para uma economia de baixo carbono.

25 10 CentroClima Noticia G20No dia 14 de novembro de 2018, uma semana antes da Cúpula do G20 na Argentina e da COP24 na Polônia, o Climate Transparency irá lançar o Relatório Brown to Green 2018. O lançamento será feito virtualmente, através do Webinar, uma plataforma virtual.

Este documento foi elaborado com a contribuição do CentroClima, que participa do projeto Climate Transparency. Um dos participantes do evento será o pesquisador do CentroClima, William Wills.

Trata-se de uma revisão das práticas do G20 para combater as alterações climáticas. Cobrindo 80 indicadores, ele contém informações acerca das ações de mitigação e de financiamento, e acerca da vulnerabilidade dos países envolvidos. Seu objetivo principal é fomentar debates dentro das nações e orientar os autores de leis com o conhecimento adequado sobre este tema, especialmente antes destes dois grandes eventos.

Data: 14/11/2018
Horário: às 13h no Brasil ou às 15h UTC

Confira a programação aqui

Para mais informações, confira o site do Climate Transparency aqui

03 10 CentroClima NoticiaThe conference "Green transformation and competitive advantage: Evidence from developing countries" was hosted by the German Development Institute/Deutsches Institut für Entwicklungspolitik (DIE), Green Growth Knowledge Platform (GGKP), and Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). It was held in 18 and 19 of June 2018 in Bonn, Germany.

The discussion surrounds topics such as how developing countries seem to be committing with more effort to decarbonizing its economies following the directives of the Paris Agreement. The objective was to show the co-benefits and costs of green transformations as an opposition to the ‘grow first and clean up later’ strategy.

In this Conference, Centro Clima’s researchers, Emilio Lèbre La Rovere, William Wills and Carolina Grottera, presented a talk on the economic and social co-benefits and costs of a green transformation in Brazil. The presentation reveals the economic implications of low-carbon scenarios, such as impacts on GDP, inflation, public debt, trade balance, energy-intensive industry competitiveness, and the social implications as well, such as employment, consumption of low-income classes and income distribution.

Analyzing the IES-Brazil Project, which studies the economic and social implications for Brazil of adopting low carbon scenarios, the researchers concluded that:

1. The transition to a low carbon economy can be done with only minor negative economic and social implications in the Brazilian case if appropriate policies are pursued;

2. Under low GDP growth rates and with a long period of a high carbon price the negative social impacts may be slightly regressive, requiring appropriate compensation measures to protect the poor;

3. Even with a great mitigation potential at low costs the challenge of financing the additional investment required in low carbon scenarios is huge due to much higher upfront costs, requiring: appropriate regulatory framework to reduce risks of investing in low carbon infrastructure; and access to capital markets at fair conditions;

4. International cooperation is required to stimulate emerging economies like Brazil to embark on the transition to a low carbon economy.

Check out the presentation “Economic and social co-benefits and costs of a green transformation in Brazil” here

For more information, click here

05 10 CentroClima Noticia 4oCongressoCO2O professor Emilio Lèbre La Rovere apresentou uma palestra no 4º Congresso Brasileiro de CO2 na Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo - IBP. O evento ocorreu nos dias 28 e 29 de junho de 2018, no Hotel Prodigy Santos Dumont, Centro, no Rio de Janeiro – RJ.

O Congresso teve como objetivo divulgar e debater aspectos técnico-científicos associados ao CO2 na Indústria, promovendo a integração de indústrias, empresas de serviço, associações, agências governamentais, centros de pesquisa e universidades.

A palestra “Implicações Econômicas e Sociais de Cenários de Emissão de Gases de Efeito Estufa no Brasil até 2050” ocorreu no dia 29 de junho no painel “CO2 e a Economia do Baixo Carbono”. Dentre os tópicos apresentados, pode-se destacar a análise do potencial de redução das emissões fugitivas de GEE de plataformas de petróleo.

Confira a programação do evento aqui

Confira os slides da palestra aqui 

28 09 Carbono Noticia fbmcO Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC) é um organismo científico do Governo do Brasil com o objetivo de assessorar a Presidência da República, estudar o problema do aquecimento global em suas implicações para o país, auxiliar na criação e promoção de políticas e divulgar informação relevante para o público em geral.

No dia 2 de outubro ocorrerá a próxima reunião da CT Visão de Longo Prazo do FBMC, cujo objetivo será apresentar o rascunho inicial do documento da CTLP para discussão, bem como convidar as demais CTs setoriais do FBMC a se mobilizarem para enviarem recomendações de cada setorial até o dia 26/10, as quais serão discutidas e incorporadas no rascunho final.

O documento consolidado será apresentado na COP 24, nos dias 3 a 14 de dezembro de 2018, na Polônia. Após esta Conferência, a versão final do documento será apresentada para o próximo governo e para os membros da sociedade civil no início de 2019.

Nessa reunião, também será apresentado o ofício assinado pelo Presidente da República convocando o FBMC para apresentar uma estratégia compatível com a meta de o Brasil ter emissões líquidas zero no horizonte de 2060.

Confira o Ofício Presidencial aqui

Para saber mais, confira o site do FBMC aqui

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